Não posso julgar a poesia que ouço
Mas não me esquivo da poesia que sinto
Que me barafunda o interior com palavras que não conheço
Enquanto outros me incentivam a passar por caminhos que desmereço
Não posso julgar as frases cuja origem desconheço
Mas posso julgar-me a mim
Se o caminho com as letras aborreço
Se a caneta que dá cor ao meu sangue adormeço.
Eis que minha paixão
É também, minha condenação
Por pouco e às vezes tanto
Esconder-me da frugalidade de mim, é minha missão
Sine qua non para trazer à luz
As vívidas palavras
Que removem do desespero a negrura
E devolvem à esperança a verdura
Minha vida, meus sonhos, meu horizonte nada mais são
Senão a dor que não posso negar
A alegria que não posso evitar
O pranto que procuro enfeitar,
Enfim, A vida que me faz versejar:
Minhas letras impressas
No coração dos levam os papéis que assinei
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Ode às letras
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noites mal dormidas
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